Nada mais importa? Tudo vale a pena se você for bem
remunerado e tiver a tão sonhada “estabilidade”?
Na Folha Dirigida do dia 03/06/2014, fiquei estupefato
com o título de uma matéria em específico:
“CASOS DE SUCESSO. De biólogo a técnico judiciário, garantindo uma carreira sólida”
Será que adotamos de vez
o título do já extinto, porém um dos programas de maior sucesso do Senor
Abravanel, o TOPA TUDO POR DINHEIRO?
A que ponto nossa
sociedade chegou? Quando criança, em contato com adultos, sempre me via em
questionamentos do tipo: “O que você quer ser quando crescer?” Eu nunca, e não
lembro de qualquer amiguinho meu que tivesse mencionado a profissão de TÉCNICO
JUDICIÁRIO.
Nada contra ao cargo
público em si, porém, onde foram parar os nossos sonhos de criança? Médico, policial,
bombeiro, veterinário, e quem sabe até biólogo mesmo.
Que tipo de mentalidade
estamos embutindo na mentalidade dos jovens de hoje? Não tenham sonhos. Sejam
máquinas. Trabalhem, paguem suas contas, procriem, vão a pizzaria no domingo e
depois morram.
Acompanho o dia a dia do
serviço público e é constante a insatisfação de muitos servidores
(estabilizados e bem remunerados). Não adianta ter uma boa remuneração, porém se
trabalhar naquilo que não se tem a menor afinidade. Uma hora a conta não fecha,
e a antes satisfatória remuneração agora tem o cunho de “indenização/reparação
por dano psicológico e emocional” que o dia a dia de um labor desagradável, àquela
pessoa, se tornou.
O interesse na tão desejada
“estabilidade” profissional do cargo público, porém a falta de simpatia com
outras condicionantes deste cargo, tem um filho, e este se chama DESESTABILIZAÇÃO
PSICOLÓGICA/EMOCIONAL.
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