sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Vítimas e Pobres Coitados



Um dos casos mais impressionantes noticiados nesta semana foi, sem dúvidas, o da mãe que teve o seu filho morto por dois bandidos confessos, e compareceu a delegacia, conversou com ambos, abraçou-os e disse os ter perdoado.

 

Suspeitos confessam morte no ES e pedem perdão à mãe de vítima.

http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2015/10/suspeitos-confessam-morte-no-es-e-pedem-perdao-mae-de-vitima.html

A maioria dos comentários desta notícia no site g1.globo.com, dão glória a Deus pelo ato, sempre entre frases de perdão e similares.

Vamos tentar analisar fria e tecnicamente o ocorrido.

O crime aconteceu no mês de março de 2015 e os bandidos só foram descobertos em 20/10/2015, em virtude de uma outra operação policial, que nada tinha a ver com o homicídio em si. Bem, isso prova que os mesmos não se arrependeram em nenhum momento, do contrário teriam espontaneamente procurado as autoridades policiais.
O segundo ponto é que, a própria mãe nesta entrevista menciona que: Acho que eles não estão arrependidos, que me pediram perdão por medo, porque estavam dentro de uma delegacia. (...)”. Ora bolas, por qual motivo ter um tratamento tão cordial a duas pessoas que tiraram a vida de seu próprio filho de forma cruel e covarde? A resposta encontra-se no terceiro ponto.
No mesmo relato a mãe continua: “Mas eles são uns pobres coitados, vítimas das drogas. Deus é quem vai julgá-los pelo que fizeram. Eu sou muito religiosa e meu filho também era. Os perdoei por ele, porque o Magno faria isso". A mãe acredita de todo o coração que, pelo fato dos homicidas serem usuários de drogas são VÍTIMAS, transferindo assim todo o tratamento a ser dado às vítimas reais para os autores do crime, tendo como base para isso a crença em Deus e os dogmas de uma religião.

Notem bem que o caso acima noticiado e desmembrado é a prova mais do que real do ensinamento de um dos filósofos com a mente mais prostituída que já existiu, Jean-Jacques Rousseau, “Bandido não tem culpa de ser bandido, é a sociedade que o corrompe.”, temperado com um pouquinho de tacanhismo de algum pastor ou padre que faz o “bom uso” das palavras bíblicas, para não dizermos o contrário.

Com tantos absurdos, é possível perceber que existe uma prostituição do raciocínio mais básico de valores, estes que já se encontram completamente destruídos, restando apenas os resultados mentais há muito plantados na sociedade. Não existe qualquer relação com o significado de perdão, este no seu conceito real. O que ocorre neste caso, é que simplesmente a mãe crê que ao aceitar a desculpa dada pelos homicidas (desculpa, pois que ela mesmo diz não acreditar no arrependimento deles) alivia-se da dúvida cruel do que realmente aconteceu com seu filho.

Arrependimento e perdão são relações diretas com a divindade. O que acontece com a mãe do caso em tela é um completo abobalhamento, que com certeza, se possível, faria o pobre do falecido se revirar no túmulo, como diziam os antigos.

Em suma, notadamente o comportamento desta senhora é o de grande parte de nossa sociedade atual, que acredita estar em contato com o Santíssimo por aceitar como pobres coitados, e o pior, VÍTIMAS, todos àqueles que deveriam ser proibidos de estarem em contato com os cidadãos de bem.
Não, não são vítimas esses dois rapazes, eles são dois homicidas, que decidiram tirar a vida de uma pessoa trabalhadora e desarmada. Não, não merecem qualquer tipo de perdão, merecem o rigor da nossa lei, que nem tão rigorosa assim é, porém é o que temos. Não, eles não estão arrependidos. E por fim não, essa mãe não sabe o que está falando, só o que ela fez foi dar aos homicidas a alcunha de vítima das drogas e pobres coitados. E se assim o são, o que seria o seu filho morto? O resultado natural da ação das vítimas das drogas e dos pobres coitados? Então é isso que todos nós que saímos todos os dias para trabalhar somos? Instrumentos de uso da vítimas das drogas e dos pobres coitados, que podem fazer o que bem quiserem conosco, pois que nós não temos o direito de utilizar o título de vítimas e de pobres coitados, visto que esses títulos são dos que nos roubam, matam, estupram as mulheres, etc.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Criação e Aumento de Impostos x Desenvolvimento.


Será aqui demonstrado, de forma bastante simples e sem cálculos mirabolantes que, as alegações tanto da Senhora Presidente Dilma como de seus Ministros, principalmente o Senhor Joaquim Levy que, não existe qualquer coerência, lógica, seriedade, quiçá racionalidade advogar que o aumento ou a criação de mais carga tributária recuperará o país da crise e o lançará novamente ao desenvolvimento.

Chega a ser infantil, sendo que até mesmo uma criança que conheça as operações básicas entenderá, relacionar aumento e criação de impostos com o sucesso, desenvolvimento ou recuperação da crise. Senão vejamos.

Utilize como exemplo qualquer produto de seu consumo costumeiro, adicione uma tributação a mais (fora todas as já incidentes), se você faz parte da imensa classe trabalhadora e assalariada, como isso afetará a seu consumo a esse produto? Você consumirá mais ou menos desse produto?

Ainda que, como alegado pelo líder do PT na Câmara, José Guimarães: “As pessoas nem sentem”, e segue: “Esse é o tipo do tributo que quem paga são aqueles que têm grandes movimentações...”[1]. Quando o Excelentíssimo diz que “As pessoas nem sentem”, está se referindo que a maioria da população não arcará, e objetivamente em seguida diz que, a maior incidência se dará àqueles “que têm grandes movimentações”. Ou seja, a classe empresária.

Entendamos. Ainda que o empresário absorva o aumento e a majoração de impostos, o que ocorre é que a margem de lucro diminui, a margem de lucro diminuindo o empresário terá de contratar menos e até mesmo demitir funcionários. A conclusão é simples. Empresários lucrando menos, trabalhadores perdendo seus empregos, e desempregados que não conseguem se recolocar no mercado. Qualquer semelhança com a situação atual que o país vive, será que é mera coincidência?

A antiga visão de que o empresário é o grande e cruel explorador dos pobres coitados trabalhadores não cola mais. O grande, cruel e faminto explorador dos trabalhadores é o próprio Estado. O empresário, principalmente o grande, é aquele que mais gera empregos. Se o governo trata esse tipo de pessoa como seu inimigo, o desemprego é inevitável, resultando no boom de empresas privadas quebrando e milhares de chefes de família sendo demitidos.

Um exemplo básico é o humorista Danilo Gentili que está investindo em um Clube de Comédia em Orlando, na Flórida. Veja parte de sua entrevista a Revista Quem:
“Não enfrentamos dificuldades para empreender no exterior. Aqui no Brasil, o governo vê o empreendedor como um adversário. Nos Estados Unidos, eles entendem como um aliado. Afinal, vamos gerar empregos, aumentar o turismo, a arrecadação.”[2]

Esta é a prova de que, não é preciso ser um economista de Harvard para entender que está ideia é um estupro a qualquer raciocínio minimamente sério e/ou lógico.


[1] http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/09/lider-do-governo-na-camara-diz-que-pessoas-nem-vao-sentir-cpmf.html
[2] http://revistaquem.globo.com/Entrevista/noticia/2015/09/danilo-gentili-vai-abrir-bar-de-comedia-nos-eua-tive-visao-do-negocio.html

sábado, 1 de agosto de 2015

Ainda Vale a Pena Ser Honesto no Brasil?

A pergunta pode parecer e até mesmo ser bem simples, porém extremamente espinhosa e delicada é a resposta. Se começarmos de cima para baixo, desde os mais altos escalões governamentais e empresariais, os escândalos diários noticiados com a regularidade tamanha que muitos de nós, meros cidadãos comuns, já não temos mais a capacidade de nos assustar.

Assim, mesmo se fizermos o caminho inverso, de baixo para cima, com a mesma periodicidade diária, acompanhamos matérias jornalísticas de pequenos delitos praticados pelos cidadãos menos abastados, nesse caso a diferença está em que na maioria das vezes os crimes são oriundos de necessidades financeiras.

Na mesma esteira vem as entidades responsáveis pela fiscalização e punição dos fora da lei, que vez por outra também aparece em alguma notícia de escândalo, abuso, corrupção ou coisa que o valha.

Desta forma, fica bastante difícil orientar, educar e ensinar aos mais jovens que o caminho certo é o da retidão, pois que hodiernamente percebemos que no Brasil àqueles que “andam na linha” muitas das vezes são “atropelados pelo trem”, não tendo qualquer reconhecimento, consideração, apoio e/ou incentivo para honestamente permanecer vivendo.

O resultado de toda essa avalanche de “falta de honestidade” é o legado deixado as crianças e adolescentes que presenciam tudo da mesma forma, porém que não têm o mesmo discernimento das pessoas de mais idade. E sem saber a quem seguir, normalmente tendem a acompanhar o lado aparentemente mais “fácil” da vida, característica muito comum a imaturidade juvenil.

Em suma, particularmente não vejo luz no fim desse túnel, e para ser bem sincero creio que as coisas vão piorar cada vez mais. Um conselho? Há bem pouco tempo comecei a ter fé, e como qualquer bom dicionário nos traduz, ter fé é crer com todas as suas forças em algo que não se tem qualquer prova fático-material de que esse tal algo existe ou vai existir.

Sigamos fazendo aquilo que cremos ser o correto, e torcendo e aconselhando àqueles que a nós pedem qualquer tipo de auxílio ou orientação a fazer o mesmo. Do contrário entregue-mo-nos de vez ao desconhecido e partamos desta vida para uma outra ou para o nada, pois que se não tens fé no que vive, para que vive?

domingo, 31 de maio de 2015

Isso É Brasil - Mc Garden


Isso É Brasil

Mc Garden

Como é que vocês querem ser feliz esse ano
Deixando a responsa com o Feliciano
Humanos direitos vai ter o direito
De ter um monstro nos direitos humanos
Daqui a pouco vão tacar mais lenha
Querer acabar com a lei Maria da Penha
Se pá ele vai pedir o seu cartão
Mas vê se não vai esquecer de dar a senha
(Voz Feliciano pedindo senha do cartão)
Eu mantenho minha fé em nós
Do que no seu Deus que está nas igrejas
Que só ama quem põe na bandeja
E manda pro inferno quem toma uma breja
Tá rolando dinheiro a vera
E tu quer saber onde que tão os seus
Na assembleia dos deputados
Ou se tá na assembleia de Deus
Ou se tá lá na Universal
Se pá teve lá na Mundial
Ou tá la na igreja da graça
A Igreja que é internacional
Apóstolo estuprando seu bolso
E o cristão estuprando o gatilho
O pastor estuprando a fiel
E o padre estuprando seu filho
Mas se for olhar profundamente
Os problemas com crente é peixe pequeno
O Brasil é o país da festa
E o que nos resta é tá no veneno
Brasileiro quer ser mais malandro
Explorando os bolivianos
Enquanto isso o nosso Nióbio
Sai daqui por debaixo dos panos
Observe de perto, meu mano
Olha lá nossos governadores
Não investem na educação
Pra não ter uma geração de pensadores
Pensadores tentaram avisar
Mas você fingiu que não viu
Aqui a bunda vale mais que a mente
Infelizmente esse é o Brasil
O problema tá lá no nordeste
Tá aqui em São Paulo e também tá no Rio
Isso é Brasil
Isso é Brasil
A bandeira são somente cores
Os nossos valores você não sentiu
Isso, Isso é Brasil
Isso, Isso é Brasil
Autoridades não usam ideias
Só usam onomatopeia do Shiu
Isso é Brasil
Isso é Brasil
Mc Garden tá aqui te falando
Tu tá escutando, será que ouviu?
Isso é Brasil
Isso é Brasil
Sistema de saúde precário
Só de lembrar até passou mal
Me incomodo menos com a doença
Do que com a demora do hospital
Brasileiro achando legal
Ser tratado como animal
Mas como é que vamos reclamar
Se às vezes nós agimos como tal?
Violência policial
É melhor nem tocar nesse assunto
Porque daqui a pouco vão excluir esse vídeo
E se eu falar muito vão me excluir junto
Agora olha nossos os buzão
Que as 7 da manhã não cabe mais ninguém
E logo mais aumenta a condução
E vocês vão achar que está tudo bem
Tão querendo acabar com os índios
Que é a origem do nosso país
O dinheiro tá mandando em tudo
E deixando mudo quem quer ser feliz
A pressa tá matando ciclista
E nas avenida mais um arregaço
O que dá a sorte de ter vivido
O piloto maldito joga fora o braço
Na rede social só piada
Também alienando a massa
Ou garota posando pelada
Quer tá na playboy, mas fez isso de graça
Mcs esqueceram da paz
Jovens como antes não se fazem mais
O casal chega na adolescência
E na mó indecência eles já vão ser pais
Onde é que estão os pais?
Será que estão presos na cela?
Ou será que tão presos na sala
Em frente uma TV assistindo a novela?
Pensadores tentaram avisar
Mas você fingiu que não viu
Aqui a bunda vale mais que a mente
Infelizmente esse é o nosso Brasil
O Problema tá lá no nordeste
Tá aqui em São Paulo e também tá no Rio
Isso é Brasil
Isso é Brasil
A bandeira são somente cores
Os nossos valores você não sentiu
Isso é Brasil
Isso é Brasil
Autoridades não usam ideias
Só usam onomatopeia do Shiu
Isso é Brasil

A Economia do Mundo de Oz Brasileira



Desde a época da escola ouço as expressões, “Lei da oferta e da procura” e “Ativo e passivo”, este último não se trata da conotação que hoje é quase que de admiração obrigatória desde a mais tenra idade, e sim jargão do meio da matéria de economia.

Como para mim, creio também não ser de grande dificuldade para a maioria das pessoas adultas, entender os conceitos das expressões do parágrafo acima. Sendo a primeira, se existir muito oferta de um determinado produto e baixa procura, a tendência do preço é diminuir, e vice-versa. E a segunda expressão é que sempre devemos tentar equilibrar nossos ativos e passivos, sempre buscando manter àqueles maiores do que estes.

O que me é muito difícil de entender é que, acompanhando a algum tempo programas de entrevistas sobre economia, principalmente na Globo News, sendo um dos principais o Conta Corrente, onde os convidados sempre são especialistas da área do mais altíssimo gabarito, os mesmos têm uma dificuldade imensa na tentativa de descobrir o motivo de nossa pátria amada ir ladeira abaixo, quando o assunto são as finanças.

Eu, que nunca passei 10 minutos em uma aula de economia, identifico se não a maior, pelo menos uma das maiores causas de nossa derrota econômica.


Juros altos e Benefícios sem fim.

Vamos “começar do começo”. Se você promete e cumpre sustentar toda e qualquer pessoa que não tenha condições financeiras, bem como seus filhos (não importando quantos), e ainda com grandes chances de lhe ofertar uma moradia, sem ter que trabalhar por qualquer tostão que seja, quais são as chances dessas pessoas, em sua gigante maioria, sem qualquer estudo, preparo ou orientação, buscar algum tipo de profissionalização ou trabalho que seja?

Parece exagero, mas é exatamente assim. A política de assistencialismo/paternalismo, que não foi criada, mas muito fomentada e turbinada pelo Partido Dos “Trabalhadores”, fez e permanece fazendo isso. É só observar o crescimento dos movimentos dos “SEM” qualquer coisa. Sem Teto, Sem Terra, Sem Comida, Sem Trabalho, e a lista é infinda. Quando vejo ou ouço qualquer tipo de movimento que tenha a palavra “SEM” em seu título, já sei que se trata de muitas pessoas, que não querem fazer o menor esforço, a não ser para destruir propriedades (públicas ou privadas), e que querem algo totalmente gratuito.

Como exemplo, fico estarrecido quando vejo um grupo de invasores de alguma área onde é proibida a construção, no processo de retirada das famílias, estas mesmas exigirem moradia e o governo ainda fornecê-las. Ora cara pálida, você invade onde não poderia ter invadido, constrói o que não deveria ter construído e ainda ganha uma moradia como sanção? É isso mesmo.

O resultado de tudo isso é, sempre o crescimento dos juros, pois alguém tem que pagar esta conta (ou seja, eu e você), e um sistema de previdência que ano após ano sempre apresenta déficit (outra expressão da área de economia), e que com muito mais força nos últimos nove anos (Governo PT), é só buscar no Google.

Porém, nada de se espantar de um partido onde um de seus maiores líderes e também fundador, quando na presidência da República, alegrava-se e fazia questão de falar em horário nobre e em rede nacional que, a economia ia muito bem obrigado pois, tantos centos milhões de pessoas a mais eram sustentadas pelo Bolsa Família. Mas como assim? Mesmo ainda sem saber nada de economia acho que deveria ser o contrário, acho que deveria ser motivo de alegria a diminuição da quantidade de pessoas a necessitarem do auxílio.

A conclusão a que chego não é muito simples, porém nem tão complexa assim, pouca gente trabalhando para muita gente mamando. E se o INSS fosse uma empresa privada já teria falido há muitas décadas.