terça-feira, 19 de novembro de 2013

Esmolas, Mendigos, Criança Esperança e Tele Ton

Não sei se lembram, mas há algum tempo foi bastante veiculado uma campanha de não dar esmola a mendigos (me recuso a utilizar a nomenclatura moradores de rua), pois que a esmola incentivaria a permanência na mendicância, dentre outras imbecilidades.
Pois bem, comecemos do começo. Como iniciamos o conceito de responsabilidade em crianças? De várias formas, uma que eu mesmo fui orientado por uma psicóloga infantil é a de pedir o auxílio da criança nas atividades diárias, por exemplo: pedir aos seus filhos que localizem um determinado produto na prateleira do supermercado, ou que escolham o mais barato. Muito bem. Isto é feito com crianças, seres sem um completo desenvolvimento.
Agora, como querem ajudar a alguém adulto se não o confiam a administração de alguns trocados? Se você der R$10,00 reais a um mendigo, vai querer que ele utilize este dinheiro para se alimentar, mais se ele assim não o fizer, comprando drogas ou álcool, o que fazer? Não dar nada e penalizar aqueles que realmente se encontram em uma situação de miserabilidade por alguma doença ou depressão por exemplo? Esta é a maravilhosa solução?
Bem, aí inventaram outra solulção. Ao invés de dar dinheiro para o mendigo, dê o seu dinheiro para o Criança Esperança ou para o Tele Ton. Isto mesmo, eles vão administrar muito melhor a sua “esmola”. Lembra daqueles R$10,00 que você daria ao mendigo? Ele receberia exatamente R$10,00. Agora, dando R$10,00 a estas maravilhosas instituições, quanto você acha que chegará àquele mendigo? Por mais isenções que tenham com relação a impostos, há de se pagar quem atende o telefone, a administração bancária, a faxineira, o porteiro, o segurança, etc, etc, etc. Então, quanto sobra? 2, 3, 4 reais, sinceramente não sei, e duvido que até quem trabalhe nestas instituições saiba.

Concluindo, se quer ajudar, ajude diretamente sem atravessadores. E se quem você ajudou usar o dinheiro para beber ou usar drogas... duvido que você nas mesmas condições não faria o mesmo.

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