sábado, 1 de agosto de 2015

Ainda Vale a Pena Ser Honesto no Brasil?

A pergunta pode parecer e até mesmo ser bem simples, porém extremamente espinhosa e delicada é a resposta. Se começarmos de cima para baixo, desde os mais altos escalões governamentais e empresariais, os escândalos diários noticiados com a regularidade tamanha que muitos de nós, meros cidadãos comuns, já não temos mais a capacidade de nos assustar.

Assim, mesmo se fizermos o caminho inverso, de baixo para cima, com a mesma periodicidade diária, acompanhamos matérias jornalísticas de pequenos delitos praticados pelos cidadãos menos abastados, nesse caso a diferença está em que na maioria das vezes os crimes são oriundos de necessidades financeiras.

Na mesma esteira vem as entidades responsáveis pela fiscalização e punição dos fora da lei, que vez por outra também aparece em alguma notícia de escândalo, abuso, corrupção ou coisa que o valha.

Desta forma, fica bastante difícil orientar, educar e ensinar aos mais jovens que o caminho certo é o da retidão, pois que hodiernamente percebemos que no Brasil àqueles que “andam na linha” muitas das vezes são “atropelados pelo trem”, não tendo qualquer reconhecimento, consideração, apoio e/ou incentivo para honestamente permanecer vivendo.

O resultado de toda essa avalanche de “falta de honestidade” é o legado deixado as crianças e adolescentes que presenciam tudo da mesma forma, porém que não têm o mesmo discernimento das pessoas de mais idade. E sem saber a quem seguir, normalmente tendem a acompanhar o lado aparentemente mais “fácil” da vida, característica muito comum a imaturidade juvenil.

Em suma, particularmente não vejo luz no fim desse túnel, e para ser bem sincero creio que as coisas vão piorar cada vez mais. Um conselho? Há bem pouco tempo comecei a ter fé, e como qualquer bom dicionário nos traduz, ter fé é crer com todas as suas forças em algo que não se tem qualquer prova fático-material de que esse tal algo existe ou vai existir.

Sigamos fazendo aquilo que cremos ser o correto, e torcendo e aconselhando àqueles que a nós pedem qualquer tipo de auxílio ou orientação a fazer o mesmo. Do contrário entregue-mo-nos de vez ao desconhecido e partamos desta vida para uma outra ou para o nada, pois que se não tens fé no que vive, para que vive?

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